Rover 213 SE - o IQ

Então cá estão as novidades.

Em meados de Março atingiu esta marca:



E a prenda veio agora, como verão mais à frente.

Entretanto, depois das chuvas de Março, decidi dar uma boa limpeza.





Resultado:


(aqui podem-se ver uns toques que a minha mãe fez o favor de dar com o 213).

E um problema a resolver.





E nos interiores, consegui limpar alguns pontos piores.









Um 50/50




E a ida à IPO:

Sempre achei uma grande falha nestes 200Mk1 o facto de não terem madeira no tabliêr. Qualquer Rover tinha, desde o pequeno 100 até ao contemporâneo 800.

Inspirando-me em interiores de carros mais luxuosos da altura, como:



Ou, para manter a linha britânica e a irmandade da marca:





Graças a uns photoshops feitos por um membro do fórum MG-Rover, já deu para ter uma ideia do efeito:

Sem nada na grelha de ventilação do passageiro



Com madeira nesse sítio:



Mais cedo ou mais tarde, o meu interior vai ficar algo desse género.

Eis que o 213 começa a receber visitas de um "bisneto" na versão desportiva (de um colega meu)



(sim, as "grelhas" do guarda-lamas são fake, e vão sair... Já vinham do antigo dono)



Pedi a ponteira emprestada ao MG ZS, para ter uma ideia de como ficava no 213:



Horrível, portanto.

Ainda assim, eu sempre quis ter uma de dupla saída, com "corte".

Arranjei algo que me satisfaz, com as medidas exactas para caber no "corte" do para-choques:

Portanto:

O ZS deu um problema (embraiagem nas lonas, não foi a junta, atenção, apesar do carro ser bastante... Puxado, vá. ), e teve que passar uns dias aqui em casa, para o meu pai o deixar de novo apto para gastar borracha!

Por isso, mais uma foto.




É engraçado ver que o meu 213 é mais baixo de origem que uma versão desportiva de um carro mais recente.

Ainda assim, aquele MG agarra-se tãão bem.

Passada uma semana, foi o meu 213 a dar problemas. Começou a aquecer.

Inicialmente, pensava-se que era de uma fuga pelo radiador. Esta existia, em pequena quantidade, e não justificava os aquecimentos.

Depois, viu-se que o sensor do termoventilador não estava em condições. Foi arranjado.

No dia seguinte, novo aquecimento. Chegado a casa, deixei o carro arrefecer, e meti-lhe liquido de refrigeração... Que ele imediatamente deitou fora.

Toca a ver o que se passa:





Era um tubo metálico, que passa por baixo da admissão.

O problema: este tubo já não se fabrica, seja na Honda ou na concorrência.

Consequência: a minha prenda de anos veio antecipada, e o engine swap veio mais cedo.

O dador:





Quando coloquei o 213 na oficina para passar à operação, inexplicavelmente, começou a pingar óleo. E se há coisa que este carro nunca tinha feito foi perder óleo, seja queimado ou perdido por fugas!

Estranho, estava mesmo a despedir-se.








Em jeito de despedida, eis o vídeo que gravei após a descoberta do problema do ventilador (e a panela de escape também estava bonita, estava. ):

Então pronto, fora com o motor:







A futura alma do 213:





Comparando com o antigo D13:





E o mesmo apoio tinha lugar no D14:



Mas foi o único que era igual a mais de 90%, vá.

O resto diferia em tudo:

D13:


D14:


D13:


D14:

Não há problema!

Metemos o motor no sítio, apoiado pelo apoio (peço desculpa pela redundância), e pela corrente, para além de ter uma preguiça por baixo.





Decidimos usar os apoios do Concerto.



Tinhamos que fazer, então, uns encaixes para os integrar no 213.

Para além disso, o selector da caixa era demasiado comprido, pelo que também se usou o do Concerto.









E o resultado:

Em termos de escape:

Tivemos que usar, obrigatoriamente, o colector do Concerto. E, como a linha do 213 era mais fina, decidimos manter a do Honda.

Logo, houveram algumas alterações.



Os apoios centrais, visíveis na foto, tiveram que ser virados ao contrário, ficando apontados para a frente.

Surpreendentemente, o resto da linha é tal e qual!

A curva é um pouco mais larga, mas nada que um processo de corte e costura não resolva.



Os apoios já corrigidos:



No entanto, a panela do Concerto é demasiado grande. Logo, vou ter que usar uma apropriada para o 213.

Estas eram as duas que saíram.



Estão a arranjar-me uma de um 216 Vitesse, do lado direito, e talvez fique apenas com essa, uma vez que a linha do Concerto tem duas panelas no centro ( e não uma como o 213). Para já, está em stand-by.

Assim sendo, continuámos os trabalhos no motor:



Fica mesmo um "tight fit"!

Após a aquisição de um radiador, era altura de testar o funcionamento do D14A1 no 213:



Tudo em ordem? Toca a pôr o carro no chão para um test-drive!

Tive aqui a oportunidade de o conduzir, e só tenho uma coisa a dizer: está no ponto.
Está mais suave do que estava, agradou-me bastante. E está com uma força dos diabos! Ainda assim (por razões óbvias, e por ter o meu pai ao lado, não puxei por ele... Muito, vá).

No entanto, o meu pai, que também o conduziu, ficou bastante impressionado com a condução do carro (é de notar que ele antes não gostava muito).

Agora, as más notícias (começado pela não muito má):

É necessária uma nova tampa do vaso de expansão.

E a má, mesmo má:

Mesmo a chegar a casa, ao fazer uma curva à esquerda (em modo ratátá), ouve-se um "TAC", e deixou de haver tracção.

Porquê? Porque a transmissão do lado esquerdo não estava bem encaixada. Novamente, porquê? Porque o "copo" da transmissão, que assenta na caixa, é mais curto no 213 que no Concerto (de resto, tem tudo exactamente o mesmo tamanho. No lado direito, a transmissão é igualzinha!).

A parte má é que não se pode trocar o copo, porque não há nada compatível: aqueles "anéis" que agarram os copos são muito maiores no Concerto, o sítio onde os aneis encaixam é mais largo no 213, as estrias dessa peça são diferentes entre si...

E porque é que não se trocam as transmissões, perguntam vocês? (Ou não). Porque o diâmetro da ponteira do lado da manga de eixo é maior no Concerto. E porque é que não se trocam as mangas de eixo? Assim até se ficava com o problema dos discos resolvidos!

Simples, os amortecedores são bastante mais largos no Concerto.

Enfim, é uma porcaria de nada que nos está a deixar a ver navios, depois daquilo que já foi feito... Nem sei o que diga.

Resta saber o que fazer... Ou tento arranjar um "copo" compatível, de outro modelo, com os mesmos encaixes do 213 mas com o comprimento do Concerto, ou recorro a um torneiro para modificar as peças...

Mar pronto, há-de se conseguir ultrapassar isto!

Hello
Fogo isto levou uma grande refescadela!
Adorei o pormenor do photoshop, acho que quando puderes (claro) era uma coisa a fazer
Alto motorzinho do Concerto, e realmente foi mesmo "tight"
Só faltam aí umas jantes.
Cumprimentos.