Rover 213 SE - o IQ

Tudo começou em 1987, quando o meu avô decidiu adquirir um carro novo.

Quis algo sofisticado, e apto tanto para viagens mais longas como para usos mais citadinos.

Como sempre gostou das coisas à sua maneira, quis alguns "extras", como a cor, um raro Silk Green, e o tecto de abrir (mas houve um problema qualquer e quando o carro chegou vinha sem ele )

De qualquer das maneiras, ele sempre teve uma enorme estima pelo carro. Só saía aos fins-de-semana com ele, ou em longas viagens.

No entanto, em 2003, dado que a idade começou a fazer das suas, achou que o melhor seria adquirir um novo carro, mais pequeno, mais leve, uma vez que a direcção assistida (a braços, e tinham que ser bem fortes!) criava algumas dificuldades na condução. No entanto, sempre adorou o carro, não querendo desfazer-se dele. Foi esta a razão que o fez oferecer o carro à sua filha (a minha mãe). Desde aí que tem sido o seu carro de uso diário, excepto um ou outro uso do meu irmão mais velho, e um ano de utilização do meu irmão do meio, quando tirou a carta e antes de conduzir o Mini. Nenhuma destas pessoas foi propriamente cuidadosa com o carro, infelizmente.

Para dizer a verdade, quando era pequeno não ligava ao carro, e à Rover em geral. Tinha os Datsuns e os Minis em casa e não queria outra coisa! No máximo, gostava do Honda Concerto que por cá morou.

Quando tinha 14 anos, em 2007, comecei a pensar sobre o que quereria ter como primeiro carro. Primeiro, veio-me um Austin Metro à cabeça! Não passava de um Mini que não tinha cumprido a dieta de emagrecimento
Mas, como também já tinha tido um em casa, não seria o carro ideal para mim. Queria algo maior.

No entanto, em 2009, quando comprámos a Tourer, a minha opinião mudou de todo. Passei a olhar a marca com outros olhos. Aí, comecei a ter uma pancada (que ainda tenho, e vou ter) pelos 45 Saloon. Estava escolhido o meu primeiro carro! No entanto, nessa altura, a minha mãe começou a ter uns problemas no braço. Novamente, a direcção pesada do 213 tornou-se num factor de peso, e comecei a ter pena da minha mãe. Aos poucos e poucos comecei a achar que o melhor seria comprar um carrito pequeno para ela, e eu que ficasse com o 213.

Mas, à medida que fui explorando o carro, comecei a sentir-me mais e mais atraído por ele. E aí apercebi-me de algo: estava ali tudo o que queria num carro!

Para começar, a exclusividade. Não conheço muitos "putos" de 18 anos com um carro destes, aliás, os 213 estão a desaparecer das estradas de Portugal. Anda tudo doido com os VAGs, Peugeots, Renaults e afins.

Este factor é algo a que dou muito valor. E, para além disso, a exclusividade deste carro não se fica pelo facto de ser diferente. O seu estilo britânico e único cativou-me e bem.

Adoro todos os seus detalhes:

Depois, adoro a sua estética. Bastante "recta", mas não deixa de ser elegante.




Por fim, a sua suavidade e conforto é notável. Aqui está algo a que dou preferência na escolha de um carro!

Os pontos negativos são o motor: apesar de não ser mau de todo, gostava que o 1.3 de 70cv de origem Honda desse mais alguma vivacidade ao carro, apesar dos seus meros 890kg. Eu gostava tanto de ter um 216 Vitesse, com o motor S-Series da Austin-Rover + Injecção electrónica, o que dá um total de 109cv.
A já referida direcção pesada.
E a ferrugem, crónica nestes modelos.

Para além disso, a chapa do carro começou a mostrar alguns sinais de corrosão desde 2009, algo que se intensificou especialmente nestes últimos meses. Vendo a degradação do carro, fiquei com pena, e decidi de vez ficar com ele. Apesar de ainda não ser meu e, assim, sofrer dos maus tratos da minha mãe, já se está à procura de um carro que o substitua. Claro está, será um outro Viking, neto do 213

Assim que se arranje algo de jeito, o 213 será encostado para sofrer as necessárias intervenções tanto a nível de chapa (reparação de dois podres e de uma "zona de perigo"), como de interiores (vá lá que aqui só tenho de me queixar do tecto descolado) e de mecânica (apesar do motor não estar de má saúde, dados os seus 205 000km, está em estudo uma "troca", por um outro motor da série D da Honda , de resto, apenas uma das três panelas de escape tem que ser substituída, necessita de novos apoios no motor, de uma transmissão, e já que se está com as mãos na massa, vamos ver se substituímos os travões de disco originais por uns ventilados, do Honda Concerto).

Como as jantes 13" de origem se encontravam com algum empeno (infelizmente notava-se bastante, ir a 130 Km/h era um perigo, o carro abanava por todos os lados) , e como o meu irmão tinha acidentado o Honda Concerto que se encontrava agora encostado lá por casa, decidi experimentar as jantes de 14".

Resultado: excelente! A direcção, para além de ter ficado mais leve, ficou bastante mais precisa! Assim, o ponto que menos gostava neste carro ficou resolvido.

Lá se foi à AE fazer o teste, e a vibração tinha desaparecido quase na totalidade. Agora é uma questão de alinhar a direcção



Sim, eu sei que ele fica feio com as jantes "nuas", mas em breve levará com umas tampas originais da Rover, enquanto não arranjar as jantes que quero para ele (as do 216 Vitesse ou do 416GTi da geração seguinte).

Aqui estão uns exemplos das ditas jantes:
416 GTi


216 Vitesse

Muito fixe este Roverzão : )
Um dia tive para ficar com um 216 deste modelo, com uma côr rara também! Mas entretanto a ideia desvaneceu-se..
Já é um bom clássico, sim senhor, e concordo contigo hoje o pessoal só quer VAG's, tipo.. eu xD
Continuação de bom projecto, cumprimentos

Eu percebo o porquê da onda dos VAGs (se bem que não apreciasse muito os modelos da marca até há pouco tempo), e não tem mal nenhum... O problema é que são demasiado vulgares para o meu gosto.

Para além disso estou proibido de ter um desses. O meu pai é mecânico na Seat, e cada vez o vejo mais farto deles

Mas por acaso tenho um VAG em casa, mas dos anos 80. É um Jetta II 1.6 CSL, de 89

E gostos são gostos, claro está
Eu gosto da grande maioria dos modelos (refiro-me mais aos modelos VW's).
Seat's também gosto, ainda este mês vendi uma máquina fixe, um Seat Córdoba 1.6 SX.
Ahh é um bom carro, o meu pai teve um mkII também, US Style

o que cá temos veio de África, e conta com 371 000km. Mas, à parte da junta da cabeça queimada, mal se nota qualquer tipo de desgaste mecânico

Motor Honda !
Tenho dito

Bom carro pena é ser um Rover tem sempre aquele problema de motor...

Para mim, o maior "contra" deste carro é o motor. Eu queria era o 1.6 Britânico! E o mesmo se sucede com a relação entre Concerto/Rover 400 Tourer. Eu tive ambos, e, se bem que o Concerto se mexesse bem, o série K dos Rovers é superior em termos de andamento. Bastante superior! Se bem que o da Tourer seja um 1.6, já experimentei um 1.4 num MG ZS (ou seja, mais pesado que o Concerto), com 103 cv. E, bem, os motores britânicos, para além de serem mais nervosos, apresentam maior suavidade. Eu não troco os meus queima-juntas por nada! Para além disso, se excluirmos o problema de motor (que é causado pela fraca qualidade da junta e oil rail, neste momento existem kits reforçados, que conferem uma resistência bastante mais elevada), chega a ser mais fiável que muitos dos outros motores da altura. O pior aspecto nestes motores é o consumo, mais elevado com a média, que é compensado pela potência, também mais elevada que a média

Aliás, assim que o 213 vá mesmo para restauro (daqui a uns anos), pretendo adquirir um Rover 45 para ser o meu veículo de uso diário.

Mas este carro, infelizmente, traz o motor de 1342cc da Honda, um D13.

joaovfs escreveu:Bom carro pena é ser um Rover tem sempre aquele problema de motor...

Pois, tem um grande problema de motor... A falta de potência!

Agora a sério, este não vem equipado com motor Rover. Só a geração seguinte de Rovers 200/400.

Mas não é o único carro da Rover com motores Honda. O 827 vinha com o motor V6 nipónico, mais tarde substituído pelo KV6 de origem britânica. Os Rover 600 também vinham equipados com motores da Honda, nas variantes a gasolina, assim como os Rover 416/216GTi e 216Tomcat, sendo que não era capaz de comprar nenhum destes (com excepção feita para o último), justamente por causa dos motores utilizados.

No entanto, a Rover contribuiu no desenho dos interiores dos projectos feitos em conjunto com as duas marcas, assim como na configuração das suspensões para o mercado Europeu, e ainda no design dos carros. Para além disso, cedia à Honda os seus motores a Diesel, utilizados, salvo erro, nos Accord de meados dos anos 90.

Ora aqui esta um tópico que da bastante gosto ler!

Este rover esta muito louco. Eu cá não sou muito fanático pela marca mas acho que fez alguns carros bonitos o 45 de 2001 ainda hoje acho bonito! o problema de motor é algo que temos q ''arcar'' os consumos tb nao favorecem mas a potencia e o prazer de condução destes carros vele bem a pena!

ri-me qd disseste: bem tive pena da minha mãe e decidi dizer-lhe p comprar outro p eu poder ficar c este

gosto desse espirito: gostas do carro, ficas c o carro e andas c o carro sem importar o gosto dos outros! certamente vais ter muitas experiências c este bichinho! e os primeiros tempos de carta sao aqueles que ficam nas nossas memorias p sempre, entao quando gostamos do carro com que andamos torna-se mel!
Parabéns pela maquina!

Acho que sou o primeiro dos meus irmãos a ter o primeiro carro ao seu gosto.

O mais velho teve o Metro, que era demasiado pequeno para o uso que lhe dava. Só vários anos depois é que comprou a carrinha que queria, uma Honda Civic Aerodeck.

O do meio, esperava conduzir a Mini assim que tirasse a carta, mas o meu pai não o deixou. Teve que se contentar com este Rover

Por acaso, foi mesmo a pensar nessas primeiras recordações dos primeiros tempos de carta que quis ficar com o carro. Ele já tem um grande valor sentimental para mim, o que ainda engrandece mais a minha vontade de o manter. E assim também tenho medo de o "estragar", pelo que consigo resistir melhor àqueles momentos em que apetece andar na escáfia

(felizmente, sempre consegui controlar a tentação, e espero que isto não se altere quando tirar a carta )

pois é, as vezes a vontade fala mais alto, controlar e ter cabeça principalmente.
Esse metro ainda esta ai em casa?

Está sim, infelizmente ficou demasiado tempo na rua e a chapa está num estado irrecuperável.

No entanto, vai servir de resolução para o problema de travagem da Mini Van

e o motor?

Ainda lá está
E não o tenciono usar

1300cc??

Não, não. 998 A+

ja estava quase a saltar x) ando a procura de um 1300 turbo

O único 1300 cá de casa está na Van

Se eu souber de alguma coisa, eu aviso!

ok meu :p obrigado! gostava de por um no mini

Sou-vos sincero , ia ficar com um 213SE por 70e ..
Na altura é que nao tinha o dinheiro na mao lol

Mas acabaste com o teu maquinão, menos mal

Há novidades sobre o 213, infelizmente ainda nada sobre mods. Mas pronto, não deixam de ser boas

Daqui a nada posto-as

E então, essas fotos?